sábado, 28 de maio de 2011

Poema de Lina

Gostaria de tecer alguns comentários como forma de explicação de alcance geral, direcionados a todos os colaboradores, os atuais e os futuros, sobre a postagem do significativo Poema da Colaboradora Lina, a quem eu devoto grande ternura. No plano geral, é que muito gostaria de receber várias contribuições literárias, com o objetivo de mais tarde criar um viés onde a poesia e as várias formas de expressão de sentimentos possam acontecer. Neste sentido gostaria de receber idéias sugestivas. Quanto à contribuição da Lina, já houve quem dissesse que a poesia é a representação terrena de uma captação sutil que vem lá do céu. Por certo Lina foi veículo de uma mensagem que Deus me enviou...




Mauro Shotyo,
Mauro Coronel,
Mauro Cidadão
Mauro Poeta
Mauro Sábio
Mauro Amigo
Mauro,
Simplesmente, Mauro!


Estás aflito?
Qual dos "Mauros"?
Já sabe o que queres?
O que o faz duvidar?
 de que? de quem?

Se tens de escolher entre o certo e o errado
Se fazem o que você já sabe que é errado
Se são tão fortes os errados
A qual dos "Mauros" recorrer?

Tens certeza que não irá compactuar.

Algum dos " Mauros" sabe que às vezes
é preciso,  por um tempo, fazer-se de
        cego
        mudo
        surdo

Mas já está clara a sua visão!
Soltas as suas palavras!
Ouvidas as suas verdades!

             Por tudo isso já és o "Mauro" que não foge à luta!
              Não precisa mais estar à frente da batalha!

                Estarás do lado espiando
                 com seus olhos de amor!

                       Quando menos esperar
                           Estarão todos ao seu lado
                             Unidos à sua crença!

                                   Lina
                  
                 

4 comentários:

  1. Bom dia Cel, em primeiro lugar gostaria de parabenizá-lo pelo blog, tendo em vista o valor direcionado a reflexão e também a liberdade de expressão, impossibilitada pela função militar.
    Tenho observado de perto, todo esforço que o senhor tem feito para tentar inserir um pouco de sua experiência e vivência, nas mentes dos jovens "aspirantes" à policiais militares.
    Confesso que me surpreendi com certas coisas na PM, Fui 3º sgt do Exército durante 7 anos, e nesse período procurei ser um militar, em que os meus subordinados pudessem confiar e mais importante espelhar-se; é claro que sei como funciona uma formação, para os recém egressos do mundo civil, há de se ter uma "carga" para que possam entender como é a vida caserna, no entanto o que me espantou foram as quantidades excessivas de palmas e exteriorização de emoções, entende?
    Concordo que os alunos devam ser motivados... (sem exageros), pois a vida no meio militar requer paciência, auto-controle, capacidade de submeter-se a ordens, entre outros.
    acho que está sendo incutido nessas mentes uma idéia de que no mundo fora dos portões do cfap, é uma guerra sem fim, ouvi um instrutor dizendo que até que se complete um ano de formados já haveriam óbitos entre nós. Não tenho certeza de que isso seja uma coisa que se deva dizer, especialmente a quem tem pouca ou nenhuma vivencia militar, provavelmente essa pessoa já irá pra "rua", lutando para não ser o próximo pm morto. Espero sinceramente que o monstro não seja tão feio como pintam.
    Quanto ao poema, saliento o último parágrafo, e acredito que é verdadeiro.
    quanto as minhas palavras, prefiro usar um pseudônimo.
    assino como antônio, 2ª cia.
    muito bom dia e bom fim de semana.

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  2. Prezado Antonio, boa noite! Fico feliz com o seu ato de comentar e, principalmente, pelo valor do seu comentário. Suponho que tendo acumulado a vivencia de sete anos de Caserna, como Sargento do Exército, somada a outras experiências da existência humana, possa naturalmente enxergar um pouco mais ampla e profundamente do que o jovem há pouco saído da puberdade e que não teve, ainda, as oportunidades ofertadas pelo desfolhar dos anos. Ao longo da existência temos que manter a postura respeitosa diante de certas frivolidades dos superiores sem, contudo, abdicar da audição seletiva. Antonio, vivemos num mundo repleto de vaidades, onde o ego predomina sobre a sabedoria. Realmente há um excesso de palmas nos hábitos das Cias. Essa conduta televisiva é imprópria e desnecessária. Mas atribuo esse defeito mais aos instrutores do que a Tropa. A Tropa está no Centro para ser formada. O CFAP precisa de mais Instrutores conscientes da nobre missão de formar. A qualidade de uma instrução é conseqüência direta do esforço pessoal do ministrante. Quanto a haver um óbito no tempo vaticinado pelo “instrutor”, suponho que haja um grande equívoco. Astrologia e Futurologia não constam da grade curricular. Sem dúvida que as estatísticas sobre nós, nos aponta como a polícia que mais óbito produz, bem como a de maior baixa anual. No periciamento dos fatos vê-se que a maioria das baixas acontecem por falhas na condução da ação policial, por negligenciamento dos fundamentos que compõem a técnica da Profissão. O Policial precisa não esquecer do tumulto mesmo estando em calma. Que Deus é um aliado, é verdadeiro, mas a nossa parte tem que ser cuidada. Existe um outro fator que julgo determinante. Precisamos pensar, falar e agir corretamente. Esses três itens compõem a nossa vibração. Pela vibração vamos ao céu ou ao inferno. O respeito e a valorização da vida do semelhante e de toda e qualquer vida volta para nós como eco universal de mesma intensidade e freqüência . Até o Mestre pediu ao Pai que perdoasse Aqueles... Na oportunidade peço perdão também se exageros cometo. Na possibilidade de, mesmo de boa-fé, ter uma percepção incorreta do todo e das partes, só tenho certeza dos meus sentimentos.
    Vida longa, Antonio.

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  3. Simone Poncio (2ª Cia)8 de junho de 2011 às 22:34

    Boa noite Coronel,

    só queria tecer um rápido comentário: adorei esse texto MAURO...Muito bom... Para cada momento e situação, um Mauro...


    Boa noite

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  4. Olá, Simone! Na verdade, acho que todos nós somos plural. Dentro de nós habitam várias facetas ou vários "eus" ou nós. Alguns dos eus são desarmônicos e conflitantes, outros, desconhecidos. Consoante o Budismo, cada indivíduo possui, no seu interior, 3000 estados diferentes. Uns chamam esses estados de demônios, outros, de divindades. A Sociologia, ao largo dessas conjecturas, fala-nos sobre a papéis que precisam ser assumidos na vida. Consciente que estou de que nós humanos não nos vemos como na realidade somos,não nos ouvimos como realmente falamos, uma vez que o timbre de voz de alguém, sempre é desconhecido do seu dono; e que também não nos julgamos com idoneidade; eu prefiro aceitar com humildade as opiniões sobre mim. Claro que esta afirmação não é uma declaração de anulação de minha personalidade, nem qualquer abdicação dos meus conceitos sobre mim mesmo. Faço de todas as referências e opiniões sobre mim, um manancial válido e disponível para reflexão e conhecimento sobre as pessoas que, num momento ou numa época, tocam em minha vida. Umas se fazem muito importantes outras não, mas nenhuma poderia ser adjetivada como desprezível. Creio que toda a presença seja uma permissão de Deus. A presença como um presente deve ser sempre festejada. A lógica da afirmação é que a "ausência" é inevitável, futura e incerta. Uma boa noite e um feliz fim de semana, Simone.

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