domingo, 8 de maio de 2011

Feliz Dia das Mães

FELIZ DIAS DAS MÃES

Feliz Dia das Mães é o que desejamos. Como data histórica, convém lembrar o movimento acontecido nos EEUA, pelas amigas de Anna Jarvis, que, com a perda da mãe, entrara em profunda depressão. O movimento se popularizou no país e, em 1914 foi oficializado pelo presidente o dia 9 de Maio. No Brasil, em 1932 o Presidente Getúlio Vargas oficializou a data e, em 1947, o Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro incluiu a data no Calendário Oficial da Igreja Católica. Na realidade, o festejar as mães se reporta a Antiguidade e à Mitologia Grega.
Segundo Nietzsche, “...as mães, mais que amam os filhos, amam-se nos filhos.” E nada mais acertado. Afinal, que são os filhos se não um pedaço da mãe? Na verdade do lado de fora, inicialmente, os filhos são como adoráveis passarinhos...
Em princípio o desejo de um Feliz Dia, é geral, amplo e irrestrito. Vai para as Mães que são apenas mães dos seus filhos, para as mães que são “Vós” e para as mães que são “Bisa”. Para as Mães adotivas e para as mães apenas do coração. Para as mães enfermeiras e mães professoras, que vezes, sem conta, cuidam com amor e carinho de filhos alheios, nessa lista enorme de variedade de mães. Para as Mães que numa altura da vida se tornaram mães dos seus pais. Que embora não os alimentem ao peito, fazem até aviãozinho com jeito, para os convencer.
Vemos pelas ruas da vida, ainda muitas mães assim, ora apoiando seus velhos com sabedoria e paciência, sem impor a praticidade de suas vidas velozes; ora aflita ao leito, ante a arte e a pirraça da criança-anciã.
Por certo, no entanto, nem todas as mães são mães de verdade. Tem mães só de papel, mães de acidente, mães de arrependimento, mães de aluguel... As mães top-model não gestam, não amamentam e beberiam formol...
Hoje prosperam no Juizado da Infância e da Juventude os filhos sem mãe, filhos de ninguém. As estatísticas da ABRAPIA indicam que as mais absurdas agressões acontecem no seio da Família e, em vários casos, a mãe é protagonista.
Uma vez que a população, pode-se dizer, é ainda formada pela união de homem e de  mulher, é fácil concluir que todo o Ser Humano tem Mãe. (É bem provável que esta afirmação precise ser corrigida um pouco mais pra frente, no tempo. O que começou com o bebe de proveta evoluiu para o clone. A robótica está evoluindo e se humanizando. Há quem afirme que já teremos cruzado com andróginos pela rua. Com extraterrestres, nem se fala.)
            Tem Mãe o delinqüente, quem o prende e quem o julga.
Sendo assim, o Policial convém refletir. Se na ação policial houver resistência ou desobediência a ordem legítima, uma energia legal, superior e eficaz deve se colocar e fazer prevalecer a Ordem. Mas se a situação estiver controlada, o transgressor dominado, não cabe mais qualquer ato de força ou de desprezo moral. O ferido deve ser socorrido com humanidade, mesmo que minutos antes ele tenha se comportado como uma cascavel. E os mortos devem ser respeitados, o corpo e o local preservados.
Ali jaz um filho de alguém.
É enganoso supor que uma noite escura e um lugar ermo, protegem alguém dos olhos sorrateiros. Se o saber que Deus a tudo ver e que toda ação ficará inevitavelmente colada em nós para a eternidade, não for inibidor suficiente para melhor correção profissional de atitudes, existe o satélite que com olhos mecânicos a tudo devassa.
Os filhos de alguém, ocasionalmente, são também nossos filhos...
            Feliz Dia das Mães para todas as Mães, para a Nossa Corporação que aniversaria. Para os Filhos e Filhas Policiais Militares. Para a Mães que estão entre nós e para as Mães que já partiram, deixando uma enorme saudade.
Para Você, minha mãe, onde estiver.
FELIZ DIA DAS MÃES.


3 comentários:

  1. Somente hoje eu tive o prazer e encontrar o Blog mencionado pelo senhor, adorei a mensagem do dia da mães! Um abraço!

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  2. Boa noite, Daiane, como vai você? Obrigado pelo seu comentário. Na realidade, único comentário que o texto "Feliz Dia das Mães" mereceu. Eu imaginei que o referido texto provocasse uma ampla discussão. A par da homenagem às mães, eu coloco questões férteis a discussão. O respeito ao morto e à figura do criminoso costuma ser um tema de difícil assimilação pelo Mundo Policial. A morte do criminoso já foi, outrora, um propósito, um culto e uma distinção. Apesar da nova retórica, o ranço antigo ainda tem fõlego. Fique com Deus, Daiane. Desejo um ótimo Domingo para toda a Família.

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  3. ALBUQUERQUE - 2ª Cia23 de junho de 2011 às 14:32

    Num primeiro momento, quero agradecer por mais esta oportunidade. Desconhecia a origem desta data comemorativa. Julgo vulgar a expressão banalizada de que todos os dias são dias das mães, bem como, da mulher ou do homem etc, pois é desprovido de essência, uma vez que não a concretizamos em atitudes reais, fazendo com que todos os dias o sejam.

    Por outro lado, é sabedor que grande parte das datas comemorativas são ostentadas por ideais capitalistas como é o caso do Natal. Apesar disso, algumas pessoas têm conseguido resgatar o fundamento que é a confraternização e doação, não apenas do material, mas de si mesmo.

    O texto chama a atenção para a humanização que o homem tem se esquecido. Mas é necessário destacar que grande parte dessa desumanização que tem ocorrido na sociedade, falta de afeto ao próximo, lealdade, integridade, é fruto da decadência por que passa as famílias. A família é a base da sociedade e tem sido destruída como nunca antes.

    Em minha concepção família é a união entre homem e mulher com seus filhos. E disso depende a sobrevivência da espécie humana. Mas também a responsabilidade de cada um, pois cabe aos pais a educação dos filhos - que muitas vezes tem sido atribuída a TV e outros mecanismos ineficientes, como também pela falta de exemplo.

    O filho, antes de tudo, no início de sua formação, é o reflexo dos pais. E não resiste ao exemplo herói-bandido, tão presente em nossa realidade em que se confundem bem e mal. Não há comunhão entre a luz e as trevas, precisamos nos constituir exemplo e nos esquecer do jargão inútil de “faça o que eu mando, não faça o que eu faço”.

    E precisamos, homem, mulher, família, resgatarmos valores esquecidos. Precisamos planejar o nascimento de um filho, pois teremos responsabilidade com o mesmo para o resto da vida. Precisamos ser fiéis as nossas esposas que constituem conosco uma só carne. Precisam respeitar seus maridos como o mantenedor de seu lar. E valorizar o ideal alcançado de ser mãe!

    “A uma virgem desposada com um homem, cujo nome era José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria. E, entrando o anjo aonde ela estava, disse: Salve, agraciada; o Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres. E eis que em teu ventre conceberás e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus. (Lucas 1. 27, 28 e 31)

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