sábado, 26 de janeiro de 2013

Relacionamentos



RELACIONAMENTOS – Autoria de Arnaldo Jabor

Sempre acho que namoro, casamento, romance tem começo, meio e fim. Como tudo na vida.
Detesto quando escuto aquela conversa:
- 'Ah,terminei o namoro...
- 'Nossa,quanto tempo?
- 'Cinco anos... Mas não deu certo...acabou'
- É não deu...?
Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou.
E o bom da vida é que você pode ter vários amores.
Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam.
Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro?
E não temos esta coisa completa.
Às vezes ele é fiel, mas não é bom de cama.
Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel.
Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador.
Às vezes ela é malhada, mas não é sensível.
Tudo nós não temos.
Perceba qual o aspecto que é mais importante e invista nele.
Pele é um bicho traiçoeiro.
Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico; que é uma delícia.
E as vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona...
Acho que o beijo é importante...e se o beijo bate... se joga... se não bate...mais um Martini, por favor... e vá dar uma volta.
Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra.
O outro tem o direito de não te querer.
Não lute, não ligue, não dê pití.
Se a pessoa tá com dúvida, problema dela, cabe a você esperar ou não.
Existe gente que precisa da ausência para querer a presença.
O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta.
Nada de drama.
Que graça tem alguém do seu lado sob chantagem, gravidez, dinheiro, recessão de família?
O legal é alguém que está com você por você.
E vice versa.
Não fique com alguém por dó também.
Ou por medo da solidão.
Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado.
E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento.
Tem gente que pula de um romance para o outro.
Que medo é este de se ver só, na sua própria compania?
Gostar dói.
Você muitas vezes vai ter raiva, ciúmes, ódio, frustração. Faz parte.
Você namora um outro ser, um outro mundo e um outro universo
E nem sempre as coisas saem como você quer...
A pior coisa é gente que tem medo de se envolver.
Se alguém vier com este papo, corra, afinal, você não é terapeuta.
Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível.
Na vida e no amor, não temos garantias.
E nem todo sexo bom é para namorar
Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar.
Nem todo beijo é para romancear.
Nem todo sexo bom é para descartar. Ou se apaixonar. Ou se culpar.
Enfim...quem disse que ser adulto é fácil?

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Nem negro, nem índio, nem viado, nem assaltante, nem...





NEM  NEGRO, NEM ÍNDIO, NEM VIADO, NEM ASSALTANTE, NEM GUERRILLHEIRO, NEM INVASOR.

Como Faço ??

cid:AD5001EA208C4800887BCEAD2B2F497E@ozarikinMeu Nome é: Ives Gandra da Silva Martins*
(*Ives Gandra da Silva Martins, é um renomado professor emérito das Universidades Mackenzie e UNIFMU e da Escola de Comando e Estado Maior do Exército Brasileiro e Presidente do Conselho de Estudos Jurídicos da Federação do Comércio do Estado de São Paulo ).

NÃO SOU:
NEM NEGRO,
NEM ÍNDIO,
NEM VIADO,
NEM ASSALTANTE,
NEM GUERRILHEIRO,
NEM INVASOR DE TERRAS
       
Como Faço Para Viver No Brasil Nos Dias Atuais???  
Na Verdade Eu Sou Branco, honesto, professor, advogado, contribuinte, eleitor, hetero... E Tudo Isso Para quê???
Hoje, tenho eu a impressão de que no Brasil o "cidadão comum e branco" é agressivamente discriminado pelas autoridades governamentais constituídas e pela legislação infraconstitucional, a favor de outros cidadãos, desde que eles sejam índios, afro descendentes, sem terra, homossexuais ou se auto declarem pertencentes a minorias submetidas a possíveis preconceitos.
Assim é que, se um branco, um índio e um afro descendente tiverem a mesma nota em um vestibular, ou seja, um pouco acima da linha de corte para ingresso nas Universidades e as vagas forem limitadas, o branco será excluído, de imediato, a favor de um deles! Em igualdade de condições, o branco hoje é um cidadão inferior e deve ser discriminado, apesar da Lei Maior (Carta Magna).
Os índios, que, pela Constituição (art. 231), só deveriam ter direito às terras que eles ocupassem em 05 de outubro de 1988, por lei infraconstitucional passaram a ter direito a terras que ocuparam no passado, e ponham passado nisso. Assim, menos de 450 mil índios brasileiros - não contando os argentinos, bolivianos, paraguaios, uruguaios que pretendem ser beneficiados também por tabela - passaram a ser donos de mais de 15%  de todo o território nacional, enquanto os outros 195 milhões de habitantes dispõem apenas de 85% do restante dele. Nessa exegese equivocada da Lei Suprema, todos os brasileiros não-índios foram discriminados.
Aos 'quilombolas', que deveriam ser apenas aqueles descendentes dos participantes de quilombos, e não todos os afrodescendentes, em geral, que vivem em torno daquelas antigas comunidades, tem sido destinada, também, parcela de território consideravelmente maior do que a Constituição Federal permite (art. 68 ADCT), em clara discriminação ao cidadão que não se enquadra nesse conceito.
Os homossexuais obtiveram do Presidente Lula e da Ministra Dilma Roussef o direito de ter um Congresso e Seminários financiado por dinheiro público, para realçar as suas tendências - algo que um cidadão comum jamais conseguiria do governo!
Os invasores de terras, que matam, destroem e violentam, diariamente, a Constituição, vão passar a ter aposentadoria, num reconhecimento explícito de que este governo considera, mais que legítima, digamos justa e meritória a conduta consistente em agredir o direito. Trata-se de clara discriminação em relação ao cidadão comum, desempregado, que não tem esse 'privilégio', simplesmente porque esse cumpre a lei.
Desertores, terroristas, assaltantes de bancos e assassinos, que, no passado, participaram da guerrilha, garantem a seus descendentes polpudas indenizações, pagas pelos contribuintes brasileiros. Está, hoje, em torno de R$ 4 bilhões de reais o que é retirado dos pagadores de tributos para 'ressarcir' aqueles que resolveram pegar em armas contra o governo militar ou se disseram perseguidos.
E são tantas as discriminações, que chegou a hora de se perguntar: de que vale o inciso IV, do art. 3º, da Lei Suprema?

Como modesto professor, advogado, cidadão comum e além disso branco, sinto-me discriminado e cada vez com menos espaço nesta sociedade, em terra de castas e privilégios, deste governo.

Para os que desconhecem o Inciso IV, do art. 3°, da Constituição Federal a que se refere o Dr. Ives Granda, eis sua íntegra:

"promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação."

Assim, volta a ser atual, ou melhor nunca deixou de ser atual, a constatação do grande Professor e Orador Rui Barbosa:

"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto". (Senado Federal, RJ. Obras Completas, Rui Barbosa. v. 41, t. 3, 1914, p. 86).

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

O concreto e o imaginado



O concreto e o imaginado...

Nada contra qualquer coisa, entendimento, escolha ou comportamento individual. Todos devemos ter equilíbrio e liberdade de fazer opções, principalmente se neste processo de execução não houver o uso e o envolvimento de outrem sem consulta prévia. A voluntariedade é fundamental. A problemática se estabelece, cada vez mais, porque o ser humano se tornou globalizado e como tal, mais dependente. A sociedade de consumo que tem na Mídia o seu braço atuante, é onomatopaica. Há pouco só se ouvia no rádio “pagodes”. Agora é a vez do “Funk” com suas letras sem arte, seus cantores sem voz e suas obscenidades. O interessante, isto é, o assustador é que determinadas denominações religiosas seguem o mesmo estilo, o mesmo padrão mental e a má-educação.
Se fôssemos analisar pelo Erotismo, poderíamos contemporizar apontando que a Literatura Universal tem seus expoentes, poderíamos citar até alguns textos sagrados. No entanto, ao que parece, nos dias atuais, as pessoas não acreditam na inteligência perceptiva do outro. O sugerir parece não ser suficiente para gerar o “link” de complementação. Se nas novelas televisivas, quando o Diretor quer uma cena íntima de um casal, os artistas têm que tirar a roupa, irem para a cama e o masculino tem que entrar com o quadril entre as pernas do feminino, em adução. Acredito que julguem que não somos capazes de imaginar. Aí está a questão. Os nossos doutos são aplaudidos exatamente por nos negar o pouco que a indústria televisa poderia nos preservar, para não atrofiar de vez, a capacidade de imaginar.                    
  Na realidade, na febre do “concreto” que o mundo aderiu, o mais sutil foi perdendo espaço. No entanto, tudo que se materializa, antes foi concebido imaterialmente. Principalmente nas relações amorosas essa verdade se agiganta. A verdadeira entrega de amor é mental em sua maior porção, embora os cinco sentidos sejam a ligação entre esses dois mundos, o mental e o físico.
Como exemplificação do conteúdo, publico a bela poesia de um clássico de nossa literatura que com maestria soube contar a entrega total do amor em sua simplicidade.
Vai também como um presente singelo para todos que ardentemente amam e fazem feliz a pessoa amada.



Delírio
(Olavo Bilac)
Nua, mas para o amor não cabe o pejo
Na minha a sua boca eu comprimia.
E, em frêmitos carnais, ela dizia:
Mais abaixo, meu bem, quero o teu beijo!

Na inconsciência bruta do meu desejo
Fremente, a minha boca obedecia,
E os seus seios, tão rígidos mordia,
Fazendo-a arrepiar em doce arpejo.

Em suspiros de gozos infinitos
Disse-me ela, ainda quase em grito:
Mais abaixo, meu bem! ? num frenesi.

No seu ventre pousei a minha boca,
Mais abaixo, meu bem! ? disse ela, louca,
Moralistas, perdoai! Obedeci…



sábado, 22 de dezembro de 2012

E o dia nasceu, transcorreu e se fez noite, calmamente...



E o dia nasceu, transcorreu e se fez noite, calmamente...

Apesar desse inconsciente desejo de morrer comum ao Ser Humano, nada aconteceu que quebrasse a normalidade dos dias. Fica no prego mais uma data para que os falsos arautos apregoadores tentem se explicar. Da minha janela vejo o dia se estabelecer e a vida se desenrolar. O jornaleiro separa o seu material, o verdureiro procura a melhor arrumação, como de hábito. Também vindo não sei de qual paraíso surge aquela maravilha madrugadeira balançando as cadeiras como se tivesse mola em vez de coluna na lombar. É inevitável o suspiro e o ar me chega às narinas misturado ao cheiro delicioso do café da lanchonete do seu Manel. É manhâ do dia 22 de dezembro e estou agradecido a Deus por não ter autorizado o fim do mundo.
Os sociólogos apontam que o vetor que mais progresso gera no mundo é o crime e a ilegalidade. Singelamente exemplificam que a Serralheria não teria razão de existir se as casas não precisassem de grades para se proteger. Reflito. Para que servem esses profetas e suas profecias e interpretações “de fim do mundo.” Provavelmente muitos ganham dinheiro com a expectativa do mundo acabar. Até terrenos no céu já foram vendidos, suicídios coletivos já foram praticados e outras anomalias. Muitos líderes religiosos mantêm seus rebanhos cativos acenando com espadas cortantes na língua para a morte eterna ou para vida eterna.
Herdamos da cultura judaico-cristã o conceito irracional sobre a morte como punição suprema de Deus. Quando na realidade o sofrimento pode ser castigo, mas a morte é a lei.
A mediocridade é a melhor contribuinte da bolsa dos espertalhões. Neste momento consigo ver o aglomerado que se forma no jornaleiro, provavelmente lendo as desgraças e se alimentando de carniça. O que mais lhes interessa é a vida alheia, talvez por desalento com a sua própria.
“Tudo continua como antes no quartel de Abrantes”. Eu também continuo com o meu hábito tolo de criticar o meu semelhante.
O dia vinte e um nasceu, transcorreu e se fez noite , calmamente. Quem morreu hoje é um número na Estatística Oficial. Quanto ao fim do mundo. Até a próxima predição!!!