sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Movimento em busca da dignidade salarial

Movimento em busca da dignidade salarial

Sexta-feira, 27 de Janeiro de 2012 17:50

Movimento em busca da Dignidade Salarial
Esse movimento que começa a se avolumar no Rio de Janeiro não foi iniciado nem instalado agora de forma artificial. Claro que alguns oportunistas aproveitam a ocasião para levar alguma vantagem. Todavia todos são bem vindos para fortalecer a Segurança Pública; ninguém é perfeito.
O germe da justiça e da dignidade permanece nas mentes das pessoas que já conquistaram a vontade de realizar o bem, principalmente o bem coletivo, as mentes que começam a praticar o desapego, afastando assim de forma natural aquele egoísmo exacerbado e dominador.
 Esse germe em prol do bem coletivo para a Segurança Pública vem desde 1980, quando oficiais da PM e do BM decidem marchar para o Palácio Guanabara, em plena ditadura militar, exigindo do Governador Chagas Freitas Dignidade Salarial. Após sofrerem fortes ameaças, não há recuo, perseveram em seus ideais e unidos conquistam o maior salário para a Segurança Pública dos últimos 40 anos.
O grande erro foi que esses oficiais plenamente satisfeitos desmancharam o movimento, talvez acreditando que aquela façanha tivesse um efeito duradouro, como uma super vacina de imunidade para vários anos, enorme engano. Veio a Abertura Política em 1983 e a nossa categoria não atenta para o fato, pelo menos de forma coletiva, é colhida pela inflação. Ela se torna ano após ano galopante e o salário da Força Pública Estadual do RJ despenca de forma abrupta.
A categoria então, poderia ter fortalecido suas associações, mas disso não cuidou. Restou então rezar para que fosse eleito um Governador "salvador da pátria". A cada 4 anos as esperanças se renovavam, mas nada. A situação só piorava, ficou caótica. Em novas eleições a pergunta era e tem sido: “Será que esse Governador gosta da PM, BM, PC?” Ficamos esperando o milagre cair do céu, como crianças ingênuas. Felizmente o germe de 1980 aflorou de nossas mentes, surgindo assim o Movimento dos Barbonos, passando pelos 40 da Evaristo, só que ainda com alguma timidez.
Com esses movimentos sufocados, eclode no Brasil, no final de 2008 e no início de 2009, O Grande Movimento PEC 300, agora contando com a participação de quase todo País. 
A PEC 300 contagia o Brasil, então, fazendo até com que o Presidente Lula, que aproveitava muito bem as oportunidades para sair na mídia, tirasse fotos com a camisa e a bandeira da PEC 300. O movimento vence as votações correspondentes ao 1º turno na Câmara dos Deputados e recebe a promessa de toda cúpula de Campanha da então candidata Dilma, caso eleita, aprovar o 2º turno, desde que todo o movimento desse apoio irrestrito a sua campanha eleitoral, o que foi feito.
 A categoria foi enganada, isso gerou revolta com veemência, aumentou a vibração nos encontros em Brasília e em resposta ao descaso, a omissão e ao desprezo, nossas decisões têm sido realmente contundentes.
 Primeiramente temos planejado fazer movimentos nos Estados, com passeatas e solicitando a cada Governador negociação O movimento quer ordem, mas a orientação em caso de descaso total do Governo é parar sim.
Essa conclusão tem saído de Brasília, do movimento PEC 300. Foi assim em Sergipe, Piauí, Maranhão, Roraima, Ceará e Pará, todos saíram vitoriosos. O movimento do Rio de Janeiro não quer a paralisação, pelo contrário, quer negociação.
 Milhares de nossos devotados combatentes estão com regimes de vida miseráveis, em muitos casos o dinheiro não dá nem pra comer e os Governos parecem não querer nos ouvir, como se fôssemos desprezíveis.
Temos reivindicações a fazer e no caso dos PM do Rio de Janeiro, queremos entregar ao Comandante Geral, oficial digno e merecedor de nossa confiança, as nossas reivindicações que vão além de salários.
Não podemos ser ingratos com ele, pessoa de coragem moral, que busca a justiça e demonstra humildade invulgar.
O movimento do dia 29 é o nosso apronto.
Compareçam em massa. Precisamos mostrar a Presidência da República e ao Governo do Estado que nós existimos e que não somos meia dúzia. Mas pedimos que nos respeitem e que a Justiça seja feita. 
Em Deus Confiamos

Vamos pra vitória, com consciência, trabalho, humildade e respeito!

                                        Cel Rabelo 

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Fogo Amigo

FOGO AMIGO

Fogo amigo é uma expressão eufêmica e contraditória, utilizada militarmente para designar ataques sofridos por aliados, de aliados. Tal expressão ganhou maior reconhecimento nas guerras atuais, onde o contato físico com o inimigo é mais remoto. A tecnologia das guerras atuais tem contribuído muito para a ocorrência deste evento. Ele tem sido a grande causa de baixas nas fileiras aliadas. Em outra visão, pode-se dizer que o fogo amigo seja como a doença auto-imune, onde o próprio organismo se destrói por entender erroneamente que um órgão de sua anatomia seja um invasor. A autofagia tão praticada nos dias de hoje entre indivíduos e instituições, como conseqüência da exacerbação dos egos, também pode ser sinônimo de fogo amigo.
Nessa ambiência psicológica se desenvolveu a nossa história. Para melhor compreendê-la, é preciso rememorar os Clássicos da Literatura Universal. A Raposa e as Uvas de Esopo, lendário autor grego que teria vivido na Antiguidade. Os Contos dos Irmãos Grimm, entre outros. E os clássicos da Literatura Infantil Nacional, a começar por Monteiro Lobato. No entanto, a obra que mais contém nuances da nossa estória é o conto de George Orwell, “A Revolução dos Bichos”. 
Oculto observador passou a narrar:
-Ele aportou na Fazenda e caminhou com passos tímidos e cansados. Não é sabido se ele se viu na “Quinta dos Animais.” Carregava consigo o peso da existência mal cuidada, traumas na mente e nas articulações. À sua passagem a fauna ciciante emudeceu. Ninguém percebeu, só os insetos, o seu poder de destruição. Ele tinha pressa, talvez, por carregar em seu interior o germe da Síndrome Metabólica. Ele não gostava de esportes, odiava a mobilidade e baixou, de cara, um decreto radical:
“Fica terminantemente proibido ser saudável ou adotar práticas, tais como corrida, ginástica, natação, futebol, etc... que possam prevenir as doenças físicas e mentais. Quem comungar comigo é do bem, quem contestar é do mal.”- Rapidamente quem era do bem virou do mal, quem era do mal virou do bem. A confusão foi tanta que muitos oportunistas não sabiam se era bom ser do bem ou do mal e quando questionados respondiam enrolados que eram do bem mal, a vezes do bem bom.
 Ele foi meteórico, mas como o referido corpo celeste quando cai na terra, provocou um enorme estrago. Ele, no anedótico, concluiu toda a fauna, foi “um pau mandado”. 
O Lobo Guará perguntou no silêncio: “Onde foi que eu errei?”
Um dia chegou Outro Ele. A bicharada teve alguma expectativa, mas ainda, passado algum tempo, se entrega a discussões acaloradas para decidir quem é o pior na Competição da Ruindade. Parece que o Outro Ele tem pressa também e compete com o seu mestre antecessor. O seu primeiro edito foi:
“Até a próxima derrocada fica mantido tudo de ruim que o meu Mestre idealizou. Farei mais.”
 -E tem cumprido. Parece que a Idade Média aportou à Fazenda. O Sol está cheio de medo de ser discriminado como um ser do mal, observando o que aconteceu com a Chuva. Em pleno verão, mês de intensa precipitação pluviométrica, a bicharada não pode se exercitar se chover. Será que ele é... não é do Planeta? O tipo de crânio deixa dúvida. Darwin não o classificou. E esta é uma questão que tem sido levada a plenário pelo conselho da bicharada. Que tipo de animal Ele e o Outro Ele são? Se a Zoologia não os contempla, a Veterinária não os pode curar. Eles não têm rosto. Uma das doenças que os acomete é a Síndrome de MIKGOR. Ele, mesmo a distância, continua em sua gestação intestinal.
 Como muitos nacionais que sem conhecimentos técnicos ou preparo, do dia para noite, se tornam técnicos de futebol, críticos policiais e de arte, líderes religiosos, etc... Ele, sem formação específica ou na posse de pesquisa científica que pudesse sustentar um argumento, produziu um papel, que em vez dele estar circulando pela nave palaciana, devia ter sido descartado roto, em um cesto fechado de latrina qualquer. Ele, sem pesquisa que corrobore a sua estatística, debita no trabalho físico, os males da contusão. Por certo bebeu. Bebeu o juízo e, por conseqüência, a inteligência. Ou tem um trauma específico com o povo da área. 
O Lobo Guará lembrou d’Ele e da sua silhueta e com indisfarçada piedade, esboçou no focinho um leve ar de sorriso.
 Os campos gramados que já foram tão bem cuidados, hoje choram sob as rodas malignas da propaganda política do vaidoso Sr. Capivara que diz estar “somando forças”. Há um forte cheiro de lama podre no ar. Os espaços estão sendo arrendados, na terra e no asfalto e os filhotes nativos da fauna local, já não tem onde habitar, brincar e correr, porque existe proibição.
Houve uma expectativa recente adornada de esperança. O Condor Real viria à Fazenda e ele que tem os olhos adestrados a enxergar à distância, fatalmente veria e questionaria as heresias que se apresentam gritantes e abundantes. Mas, ele falou, falou e falou. Repetiu o discurso e cansou. Será que ele sabia que aqueles bichinhos que estavam ali emocionados, quase não tinham mais emoções para sentir e sim raiva e desalento de tanto esperar? Nem o entretenimento natural do se exercitar lhes era mais oferecido. Enquanto a agenda do Sr. Capivara não tem espaço para que ele esteja presente na “Solene Abertura da Porteira”, os bichinhos só podem ficar confinados e pachorrentamente dormir. E assim tem sido. Os bichinhos anteriores ficaram na espera quase dois meses.
 Meu caro Condor, tenha dó, saia um pouco dos aposentos reais, arregace os punhos de renda e venha conhecer a verdade fora das solenidades. Elas são sempre mentirosas. Meio fios pintados são guias falaciosas. Lanças engalanadas enganam a realidade. Se o Sr. tivesse decido do palanque e seguido em frente, fatalmente afundaria no pântano em que se tornou a Pista de Atletismo. É isso mesmo, é aquela que o Sr. quando era também um bichinho, tanto usou. Vá além e verá que as carroças tomaram, sem consulta, o espaço da bicharada. As alamedas estão estranguladas e os gramados ocupados e destruídos. Seja mais detalhista. Conte o número de barras disponíveis e conclua se é possível se realizar algum trabalho válido cientificamente. A bicharada, coitada, atualmente só tem três dias de atividades físicas e, na maioria das semanas nem isso. Qualquer motivo é suficiente para esconder a bicharada e lhe negar o direito a uma boa formação.
 Alguns da bicharada aplaudem, eles são como jovens míopes. Quando são expostos a avaliação ficam apavorados. A Administração do Outro não é interessada em orientar a Bicharada que fica totalmente perdida e juntando pedacinho aqui, pedacinho ali, tentando sintetizar uma resposta objetiva que lhes explique os critérios da Formação. Acabam todos embarcando no mundo da fantasia, do ouvi dizer.
 Sr. Condor Real, acredito que a Vossa Pessoa esteja com uma granada no colo que certamente vai explodir. Duas coisas poderão acontecer, todas igualmente ruins. Uma é a esculhambação total da Formação e a outra é a enxurrada de ações sobre a sua cabeça.
O “fogo amigo” existe, não é fantasia de filmes americanos. Está acontecendo agora.
Quem tem olhos de ver que veja.
Invisível, em um canto, ruminando ficou, suas dores e queixas, o Lobo Guará.
Não gostaria ele de assistir impassível, “o triunfo dos porcos”.


Nota do Seguidor:
         Qualquer semelhança com a realidade é mera casualidade.
Nota do Mediador:
         Postei o presente texto, a mim enviado, por julgá-lo arguto, criativo e pitoresco.

domingo, 1 de janeiro de 2012

RASGANDO SEDA

Mui Querida Amiga, Feliz Ano Novo! As Cerejeiras irrompem em flores exuberantes depois de enfrentarem os rigores do inverno (no Hemisfério Norte). Francisco Otaviano em sua redondilha nos legou:
"Quem passou pela vida em branca nuvem e em plácido repouso adormeceu. Quem não sentiu o frio da desgraça. Quem passou pela vida e não sofreu. Foi espectro de homem, não foi homem. Só passou pela vida, não viveu." Sempre refleti muito sobre o conteúdo desses versos.
Certa vez encontrei casualmente em uma folha de jornal, um poema que muito me acalentou em vários momentos da existência. Não sei a autoria:
"Não há existência alguma que não tenha amor, nenhuma. Por isso o amor é em suma, essência de todo o ser. Mil vezes onde a onda caia, há sempre uma rocha, uma praia, onde a onda vem ter."
Complementando: no percurso de nossa existência, as vezes passamos pelo amor e não enxergamos. As vezes temos um amor e deixamos partir, secar ou morrer, por esquecimento. Amor é como árvore tenra que precisa ser cuidada. As vezes juramos ter amado alguém enquanto tudo o que fizemos foi projetar no outro o nosso mapa fantasioso de amor ideal, extensão de nós mesmos. Queremos amar a nós mesmos projetados em outrem. Muitas vezes encontramos até quem se esforçe, por amor, a corresponder aos nossos anseios, por um certo tempo, apenas, breve ou longo. Mas um dia a Natureza da qual somos formados dar o ultimato e tudo rui, inesperadamente. São tantas as possibilidades circunstanciais, que seria perda de tempo ficar enumerando, indefinidamente. Por isso, Prezada Amiga, nestes dias do novo ano, que o amor permaneça em seu coração, sob qualquer forma ou evento. Porque no campo do Amor e da Ciência a realidade supera a ficção.
As vezes o novo amor é tão somente e tudo isso, o amor que esteve por muito tempo esquecido.
FELICIDADES e pronto restabelecimento!!!


Date: Tue, 27 Dec 2011 22:56:27 -0200          

Querido amigo, boa noite! 
Finalmente, e não podia deixar para o ano que vem, dei uma passeada pelo seu blog.  Não tive tempo de ler tudo, mas o que li, gostei.
Como homem inteligente que é se permite contribuir, de forma sutil, substancialmente para melhor formação de seus liderados e contribui também para melhorar a imagem da Corporação a que pertence. 
Você está de parabéns pela iniciativa e, quando estiver com mais tempo, tentarei contribuir de alguma forma.  Agora estou com os 2 braços mais ou menos em repouso: o direito (cateterismo) e o esquerdo, Ressonância Magnética com Contraste!

Como o tema TEMPO me chamou a atenção, aí vai um poema meu antigo, de 2004, que tirou um 1º lugar nacional, num concurso de São Paulo.
Um abraço, com os votos de Feliz Ano Novo!
Sonia Abreu.
                               TEMPO DE POETA    
As raízes da minha poesia
alimentam-se de meus sentimentos
e floresço poemas sem rimas
de acordo com o tempo. 
 Se é inverno, hiberno a poesia
que vai frutificar no verão:
a tristeza e a saudade
brotam da caneta
e salgam o papel... 
Se é verão, saboreio o fruto-verso
e me lambuzo com o gosto da vida
e o mel da ternura... 
Na primavera, ouço o canto
do soneto e sonho em azul... 
E nesse outono, me aqueço
ao sol que doura o céu
e brinco com as palavras
que caem no caderno
arrancadas pelo vento da tarde.