domingo, 14 de agosto de 2011

FELIZ DIA DOS PAIS


Feliz Dia dos Pais

Dia dos Pais, no Brasil, ou Dia do Pai, em Portugal, tem origem na antiga Babilônia, há mais de 4 mil anos. Um jovem chamado Elmesu moldou em argila o primeiro cartão. Desejava sorte, saúde e longa vida a seu pai.

Nos Estados Unidos, Sonora Luise Smart Dodd resolveu criar um dia dedicado aos pais em 1909, motivada pela admiração que sentia pelo seu pai, William Jackson Smart. O interesse pela data difundiu-se da cidade de Spokane para todo o Estado de Washington e daí tornou-se uma festa nacional. Em 1972, o presidente americano Richard Nixon oficializou o "Dia dos pais".
Todos os anos, em vários lugares, é celebrado o Dia dos Pais. Porém, a data varia de país para país, tendo a maioria adotado o mês de junho.
Nos Estados Unidos, ele é comemorado no terceiro domingo de Junho. Em Portugal em 19 de Março. No Brasil, é comemorado no segundo domingo de agosto. A data escolhida foi o dia de São Joaquim, sendo festejada pela primeira vez no dia 16 de agosto de 1953.
Pai (do latim patre; também chamado de genitor, progenitor, ou ainda gerador) é a figura masculina de uma família que tenha um ou mais filhos e assume o primeiro grau de uma linha ascendente de parentesco. A paternidade dá-se pela ancestralidade biológica (isto é, a partir da fertilização), proveniente do casamento, da união estável e, ou da relação mono-parental como estado de parentesco. Ainda há também a possibilidade legal de paternidade a partir da adoção ou técnicas de reprodução assistida.
Comumente, o termo assume um cunho religioso, proveniente da igreja cristã e da judaica sendo um dos epítetos de Deus. Também é a primeira pessoa da Santíssima Trindade e é usado para se referir a padres, a partir da origem da palavra. 'Pai' também é uma forma de chamar o cacique de uma tribo indígena.
Em uma família típica, o pai torna-se responsável pela educação e criação de seus rebentos e o sustento da família. Esta responsabilidade provém do século XIX, onde assumia inteiramente o poder econômico, a posição pública do homem e a posição de autoridade masculina; sendo visto como o chamado "pai-professor-patrão". No século XX, já o cenário familiar se alterara, dando espaço para as mães assumirem em parte, o controle financeiro, baseado em um modelo capitalista, individualista.
História e Etimologia a parte, a realidade é que o lugar de Pai será sempre preenchido por figura masculina que pode emergir do seio da própria família, por intermédio de irmão mais velho, tio, avô, cunhado, de personagem da vizinhança, ou de lugar qualquer. Os meninos de rua, muitas vezes constituem como figura paterna o seu próprio explorador.
Hoje cresce nas estatísticas da Vara da Infância o número de filhos de ninguém. O Homem, como ser biológico ainda continua se vangloriando de distribuir pelos quatro cantos o seu sêmen, como forma de afirmação viril.
Poucos são os filhos planejados. Na sua maioria são os filhos do prazer que povoam as ruas e as crônicas policiais. Muitos são filhos do  “ cadinho “.
A paternidade na vida do policial militar se instala pelos mesmos estímulos que assolam na Sociedade. Afinal o policial militar não é de Marte. Até bem pouco tempo era usual a seguinte expressão: o marujo domina os mares, o aeronauta os ares, e o policial militar dá apoio psicológico e sexual as esposas deles, quando estão em seus domínios. Mas na realidade, o que se vê é um quadro bem adverso e contraditório.
O policial, sem dúvida, leva uma existência estressante. Vive uma vida de carências de toda ordem. Falta-lhe vencimentos coerentes, acompanhamento instrucional, convivência social seletiva, suporte filosófico e espiritual, etc... Em sua visão imediata, de um modo geral, para atenuar a carência financeira, o policial recorre ao “bico”, hoje institucionalizado. Como o policial constitui família e procria facilmente, ele rapidamente se vê inserido numa relação familiar com potencial de proliferação muito grande. Muitos não são criteriosos na escolha da companheira. Como o parâmetro é o corpo, fonte do prazer, em vários exemplos, a companheira só entrou na relação com o corpo que logo, logo vai envelhecer, inclusive pelo mal-cuidado.
Alguns querendo se sentir grandes e autoridades, quando pretendem captar a parceira, recorrem aos nichos menos recomendáveis.
Assim caminha o guerreiro. Depois que cumpre a sua escala de serviço, só Deus sabe como, vai às pressas para o bico, para complementar os vencimentos. De início o dinheiro percebido no bico é apenas um complemento que lhe permite um certo lazer. Lazer de polícia é sempre orgia de bebida e sexo. O filhinho está em casa crescendo. No seu íntimo ele se ressente de ser uma figura ausente na criação dos filhos. Para compensar ele recorre às prateleiras das lojas e se esforça em atender aos apelos e caprichos consumistas. Pratica a indulgência largamente, tolerando as peraltices e até as pequenas condutas criminosas e vai se tornando, de boa fé, numa entidade mantenedora do lar, desprovida de realidade e sentimento. Como todo o ser vivo procura a felicidade e ele entende que para manter a perfórmance precisa da novidade. Certamente encontrará outro rosto bonito num corpo maravilhoso que lhe cativará. Está constituída a amante protocolar e clássica. Este ser ganha de qualquer esposa. Talvez seja até de Marte ou Vênus. Ao contrário das terráqueas, são super solícitas, atenciosas, não falam sobre contas a pagar, não gripam, não têm TPM, nem menstruam. Inicialmente.
O tempo não para e o guerreiro já é um trintão. Para fazer face às necessidades das despesas crescentes, a solução é incorporar o segundo bico. O vigor da mocidade está se exaurindo muito velozmente. Chegará o momento em que o guerreiro estará totalmente fora de combate. As crianças cresceram e ele nem percebeu. A doença se alojou no corpo cansado. Os bicos foram abandonados pela total impossibilidade física. O guerreiro então volta a casa, doente, derrotado, com um orçamento financeiro grandemente decrescido, carente de atenção e amor. Aí ele se dá conta que a casa está cheia demais. Ele quer descansar, mas muitas vezes perdeu o quarto do casal para a filha que engravidou prematuramente e além do neto trouxe também o marido preguiçoso e desocupado como sanguessuga. O filho também se julga no direito de morar com a mulher no mesmo espaço. Em fim ninguém construiu nada de si mesmo. De início ele tenta reclamar, mas é interrompido pela mulher a quem lá atrás ele entregou a administração da Família. A esposa, por sua vez também já foi inoculada pelo exercício da chantagem. Nada pode falar com os filhos porque eles ameaçam que vão embora com os netos dela. Principalmente que ela julga e propala que não sabe viver sem a presença deles. No íntimo, já mais amadurecido, ele sabe que dose grande do que ele está vivendo deve-se a uma conseqüência de suas próprias opções. Então ele se recolhe a sua amargura e solidão. Muitos, desalentados, anseiam logo morrer.
Sem dúvida que o protagonista desta história poderia ser qualquer pessoa da nossa sociedade e oriunda de qualquer profissão. Também é verdade que nem todas histórias podem ser contadas assim. Em universo tão grande de integrantes da PMERJ, é muito natural que possuamos os sábios e os prudentes, as famílias bem estabelecidas e as proles bem planejadas.
Mas qual seria a missão de pai neste mundo mecanizado e cada vez mais frio e indiferente, onde a máquina se humaniza e o homem se robotiza? Acredito que a definição vernacular da palavra, não alcance todo o significado de ser pai. Essa missão se torna cada vez mais difícil. Os pais de hoje têm que enfrentar situações que há poucos anos seriam ficcionais. Antes podia-se acreditar  que a criança enquanto dentro de casa estivesse livre de todo o mal. Só que agora o computador e a Internet ampliaram tão longamente as portas e as janelas dos lares que 40 cm de vídeo pode ter o tamanho do mundo, por onde pode fluir o bem e o mal. Aliás é o computador uma das ferramentas mais eficaz na inversão da autoridade paterna. Ela inverte claramente o trinômio "pai-professor-patrão". Há crianças em idades muito tenras já sendo o socorro de seus pais no manuseio do computador e ganhando dinheiro pela Internet.
No entanto a instituição pai, vocacionada para a doação, a dedicação e o amor jamais se tornará obsoleta. Ela, na realidade, é tão forte que muitas vezes esquecemos que nossos pais também são humanos. E como humanos têm limitações, sofrem incursões de toda ordem e ainda têm que se mostrar um forte, para que nós filhos tenhamos sempre um colo disponível e um ombro amigo onde socorro pedir. Há uma outra lógica tão óbvia, quanto singela. Os pais têm sempre a idade dos filhos. Os pais nascem quando os filhos vêm ao mundo. E a cada filho que nasça, também nasce um novo pai. A relação paterno-filial é sempre exclusiva. Nada é semelhante ou igual.
 FELIZ DIA DOS PAIS!!!

7 comentários:

  1. Olá caro amigo!
    Adorei o texto! Retornarei para comentá-lo, com mais propriedade... Um grande abraço.

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  2. Pai de verdade mesmo sabe que ser pai não é simplesmente recolher o fruto de um momento de prazer, mas sim perceber o quanto pode ainda estar verde e ajudá-lo a amadurecer.
    Pai de verdade mesmo não só ergue o filho do chão quando ele cai, mas também o faz perceber que a cada queda é possível levantar.
    Ele não é simplesmente quem atende a caprichos: ele sabe perceber quando existe verdadeira necessidade nos pedidos.
    Pai de verdade mesmo não é aquele que providencia as melhores escolas, mas o que ensina o quanto é necessário o conhecimento.
    Ele não orienta com base nas próprias experiências, mas demonstra que em cada experiência existe uma lição a ser aprendida.
    Pai de verdade mesmo não coloca modelos de conduta, mas aponta aqueles cujas condutas não devem ser seguidas.
    Ele não sonha com determinada profissão para o filho, mas deseja grande e verdadeiro sucesso com sua real vocação.
    Ele não quer que o filho tenha tudo que ele não teve, mas que tenha tudo aquilo que merecer e realmente desejar.
    Pai de verdade mesmo não está ali só para colocar a mão no bolso para pagar as despesas: ele coloca a mão na consciência e percebe até que ponto está alimentando um espírito de dependência.
    Ele não é um condutor de destinos, mas sim o farol que aponta para um caminho de honestidade e de Bem.
    Pai de verdade mesmo não diz “Faça isto " ou " faça aquilo " , mas sim " tente fazer o melhor de acordo com o que você já sabe " .
    Ele não acusa de erros e nem sempre aplaude os acertos, mas pergunta se houve percepção dos caminhos que levaram o filho a esses fins.
    Pai de verdade mesmo é o Amigo sempre presente, atento e amoroso - com a alma de joelhos - pedindo a Deus que o oriente na hora de dar conselhos ...

    ** Este texto não é de minha autoria, porém conseguiu expressar muito o que penso e sinto.

    *** Por tudo isso, aproveitarei este momento para dizer o quanto meu querido pai foi e sempre será especial para mim, e que família é a maior riqueza que uma pessoa pode ter!

    Um lindo dia a todos os Pais!

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  3. Escrevo hoje,não para comentar sobre tal texto,aliás muito bem elaborado.Escrevo para lhe dar ciencia,de que assim como existem admiradores e seguidores da sua educação física,há também aqueles,que como eu,não aguentam mais ouvir o tal do 1,2,3...0.Frase bem falada,"quanta tolice",uma reijeitado creio que o mais sensato seria se retirar,colocar a "viola no saco" e cada um seguir seu caminho.Use o bom senso,ao invés de querer fazer com que os outros o engulam a força,isso em nada ajuda e não traz benefícios nem para o senhor e nem para nós!Boa noite.

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  4. Caro Anônimo, boa noite! Recebo o seu comentário respeitosamente. Obrigado por sua referência quanto ao texto. Quanto à ciência que me dá a respeito da aceitação ou admiração de minhas aulas, já justifica para mim o meu esforço e crença. Não posso deixar, no entanto, de contemplar a sua sinceridade, mas também de contemporizar a sua percepção. Sem dúvida que lhe falta conhecimento específico sobre o que sente e professa. Quanto a sentir, é facultado a todo o organismo biologicamente ativo. Professar já é mais complexo. É preciso conhecimento, estudo-aprendizado, tempo de vida, isenção e amadurecimento. Quanto a não aguentar ouvir a contagem 1, 2, 3... 0, provavelmente você não se inquietaria com a música de academia, etc... A contagem nas nossas aulas é para dar harmonia e ritmo. Se for verdade, o que eu não acredito, que você e outros não aguentam mais; isso é uma declaração subliminar de que você e os demais precisam fortalecer a mente. O guerreiro precisa. Sei que a pedagogia atual produziu produtos frágeis. Peço a você que leia o texto "Tributo ao Professor". O texto foi publicado no mês passado e trata dessa questão. Quanto a referência "quanta tolice", me parece que Rui Barbosa já falou suficientemente sobre esta prosa. Caro Anônimo, bom senso não é fonte de direito, nem de obrigação. A lei, o regulamento, o costume, a analogia, etc... são hierarquicamente as principais fontes. Prezado Anônimo, para encerrar, quero lhe afirmar que a sua rejeição a minha pessoa é transitória. Como paciente semeador eu planto agora para a colheita futura. Você e tantos outros lembrar-se-ão desse nosso tempo com saudades, principalmente nos momentos de aflição. Elas virão, são portadoras do tempero da vida. Tenha felizes dias, Anônimo. Boa noite.

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  5. Daiane, boa noite, obrigado pelo seu comentário! É muito gratificante tê-la próxima a mim, como minha aluna, nestes tempos de turbulência. O manancial de sabedoria está disponível para todos. Uns bebem, outros não... Obrigado pelo seu esforço e dedicação nas minhas aulas. Deus seja sempre louvado.

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  6. Professor,se assim o permite chamá-lo,não tenho nenhuma rejeição nem muito menos avessão à sua pessoa,muito pelo contrário,seria capaz de sentar e ouvir seus conselhos e ensinamentos por horas intermináveis,porém as suas aulas,na maioria das vezes,tomam um ritmo de monotonia,é esse o sentido de "não aguentar mais o 1,2,3..0,sem dizer que há alguns exercícios que acabam lesionando um ou outro aluno,quem sabe um dia de exercícios livres (como foi feito com cada pelotão no dia seguinte ao TAF)retomaria a harmonia entre escola e instrutor ? Não sei,talvez funcionaria.Quanto a me faltar conhecimento específico sobre o que sinto e ao que professo,o senhor tem razão!Bem falou Raul Seixas,que disse que preferia ser uma "metamorfose ambulante,do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo".Já sobre o que sinto,siceramente?Confesso que não sei,amor e ódio andam lado a lado, se confundem algumas vezes,a indiferença,dizem até ser o melhor remédio muita das vezes,contudo,sei muito bem o que eu quero e aonde vou chegar.Por favor não receba meus comentários como críticas desonrosas ou algo do tipo,apenas quero ser sincero em minhas colocações.Quanto ao texto "Tributo ao Professor" só tenho uma coisa a falar...ESPLÊNDIDO ! Me tocou profundamente,acaba nos fazendo refletir sobre algumas posturas que às vezes tomamos e precisamos dessa "tapa" na cara para revermos certos conceitos e atitudes,umas de ações incondizentes,outras, de omissões vergonhosas,eu as acuso !Professor,quero que tenha a certeza de que o admiro muito e o respeito igualmente,desejo ao senhor o que está escrito em I coríntios 2:9 "as coisas que o olho não viu,e o ouvido não ouviu,e não subiram ao coração do homem,são as que Deus preparou para os que o amam".Bom dia e um excelente final de semana.

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  7. Prezado Anônimo, boa noite! Deus seja sempre glorificado! Mesmo que a minha vã sabedoria não consiga compreender quase nada do presente, eu entrego a Deus e a sua infinita bondade que se desfolha calmamente no escoar do Tempo, do meu tempo, do tempo de todos nós, a esperança de capturar mais a frente a vontade divina embutida nos acontecimentos . O presente é tão veloz que só nos dá tempo de viver. Por isso arrependimento e lamentações são sempre sobre o tempo passado. A experiência me ensina que eu não me vejo, não me ouço, nem me julgo corretamente. Que já é passível de erro o meu verbalizar, contradizendo o meu sentimento. Que há um caminho tão longo e complexo entre o que eu verbalizo e ajo e aquele que recebe a minha mensagem, que o mais sensato é me acautelar e acreditar em Deus e no tempo, como fonte de Luz e Sabedoria. Caro Anônimo, nós vivemos num mundo de paradigmas, não que eles sejam ruins, totalmente. Eles são necessários. O nocivo dos paradigmas é a sua capacidade de se perpetuar sem a devida reflexão. Um dos paradigmas de nossa época é a rejeição. Muitas vezes compramos paradigmas de outras cabeças. Anônimo, paradoxalmente, o que lhe inquieta e cansa em minhas aulas é, na realidade o que eu mais objetivo e trabalho para que você alcance. Objetivo que seja assimilado por todos o padrão de nossas aulas. É um caminho seguro para um bom condicionamento. Quanto a lesões ocorridas em minhas aulas, fico apreensivo e preocupado. Como vê ela tem um padrão de evolução bem coerente. Além do mais existem tantas circunstância supervenientes que reluto em aceitar que as minhas aulas sejam o motivador de tais lesões. Mesmo assim, sempre que tomo conhecimento, procuro transferir meus humildes conhecimentos terapêuticos, sobre Medicina Oriental, Fitoterapias, Homeopatia, etc... Um dia você será um multiplicador, espero. A contagem ou o contar no militarismo é realmente muito antigo. Vem do tempo da epopeia mosaica, por conselho de seu sogro. Caminhamos para tempos muito difíceis. A Ordem Unida, nossa velha companheira, será muito útil na organização e condução dos grupos humanos em flagelo. Anônimo, obrigado por tudo. Um dia olharemos para esse nosso tempo, já com olhos de passado. Não sei que tipo de reflexão faremos... No momento, refletirei sobre as suas considerações. Ainda me sinto como uma criança em franco aprendizado. Boa noite! Tenha um maravilhoso fim de semana junto aos seus.

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