sexta-feira, 29 de junho de 2012

Itavema - EITAVEMA - a cruel experiência de um cliente compulsório.

Itavema – Eitavema

Com sacrifício conseguimos emplacar o segundo carro zero da Família. Não pensem que me refiro a um carro de luxo não. Trata-se de um carro bem popular da linha Fiat. Um Uno Way foi o carro possível para nós que substituiu o já velho Pálio e que caiu nas graças da minha esposa. Na realidade o carro é dela. A bem da verdade ele e Ela formam um conjunto harmônico. Ela trata o carro como gente, agradece sempre a ele e o chama pelo nome. Isso que aos olhos estranhos poderia ser uma maluquice, é uma prática comum em nossa casa. Nominar objetos e animais e tratar respeitosamente é uma prática prazerosa. A minha velha moto chama-se Iracema. Recentemente comemoramos o casamento de Espinafrina e Godero, o nosso casal de perus.
Voltando ao maravilhoso UNO, como alardeia o seu fabricante, a sua aquisição deveu-se a uma peregrinação criteriosa, de agência em agência. Pelo menos, as concessionárias Fiat, além de afiançarem a excelência do produto, agregam ao mesmo vários valores. Dentre eles, o apoio irrestrito ao novo felizardo, em qualquer circunstância, notadamente em apoio de reboque e cobertura de reparos, dentro da garantia contratual. Sem dúvida que esse viés encanta o cliente. A palavra mágica atende pelo nome de CONFIAT. Fora isso também acenam com uma Ouvidoria para funcionar como um “Obusman”(palavra alemã que desconheço a grafia correta) com força suficiente para corrigir direitos feridos e injustiças sofridas. Aí é que o motivo de nossa mobilização começa a se justificar.
Uma concessionária, embora eu não saiba conceituar pelo aspecto jurídico-social, imagino seja o escalão avançado da montadora e se adorne com objetivas virtudes, tais como honestidade, presteza, interesse em gerar respostas capazes de curar a aflição do cliente e adestrada em produzir a sua satisfação. Moramos em Campo Grande-RJ, esse maravilhoso Bairro-Cidade. O nosso carro tem feito a propaganda compulsória e gratuita do seu fabricante. É, sem nos aperceber, nós consumidores, somos transformados em garotos e garotas propagandas do explorador, numa relação despótica e desigual.
No nosso bairro existe uma concessionária de nome Itavema, grande o suficiente para nos impressionar e para ela foi conduzido o nosso UNO, no reboque enviado pelo CONFIAT. Tão somente pela localização de nossa residência? Não. Por acreditar que a Montadora Fiat fosse mais criteriosa na escolha de seus parceiros. Se suspeitássemos da possibilidade do atendimento que tivemos, por certo teríamos procurado outra concessionária ou outra alternativa. Qual foi a enfermidade do Uno (olhando-o como organismo vivo.)? SOMENTE O CABO DA EMBREAGEM PARTIDO.
 É, apesar de ter apenas oito meses de uso e poucos quilômetros rodados, o carro deu entrada no “pronto socorro” da complicada concessionária e rapidamente foi diagnosticado o óbvio. Um funcionário polido, em ligação telefônica, comunicou o fato e, também, a precisão de aguardar a chegada do referido cabo, uma vez que não tinham em estoque para a imediata reposição. Considerando o simplório do conserto, julgamos que a tarde o carro estaria nas mãos da já menos feliz proprietária. Passou o dia e nada. No dia seguinte a mesma informação foi dada. Esse dia também passou. Então SEM FIAT HÁ MAIS DE 48 HORAS iniciamos a mobilização. Ligamos para o CONFIAT e para a Ouvidoria. Na tarde do terceiro dia o paciente foi liberado, como nos comunicou o funcionário. Minha esposa ficou feliz qual ficaria com a mesmo notícia sobre um parente. Na impossibilidade de se deslocar à dita concessionária ela pediu que outra pessoa fizesse esse obséquio.
O fato é que um conserto que qualquer um reboquista sujo de graxa faz em 10 minutos, no meio da rua e, ainda, oferece jornal para ler, a ITAVEMA só conseguiu em três dias. Na próxima troca acho que temos que dar mais atenção, além do carro, aos outros atores que compõem o Bem ou o Mal adquiridos junto com o automóvel.
Já ia me esquecendo. A pessoa que foi apanhar o nosso carro, o recebeu das mãos do funcionário, mesmo sendo desconhecido; sem perguntas, sem ser identificado, sem qualquer anotação.
Itavema? EITAVEMA!!!

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