domingo, 22 de abril de 2012

Essa Flor de Formosura chamado Sergio que envergonha CABRAL

 
Médica de Niterói se rebela e rasga o verbo:
 
 
 CARTA ABERTA AO GOV. DO RJ.

 UMA  MÉDICA DE CORAGEM E CONVICÇÃO

Carta da Dra. DRA. MARIA ISABEL LEPSCH  ao Governador do RIO DE JANEIRO, SERGIO CABRAL.


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    Sabe governador, somos contemporâneos, quase da mesma idade, mas vivemos em
 mundos bem diferentes. Sou classe média, bem média, médica, pediatra,  deprimida e indignada com as canalhices que estão acontecendo. Não  conheço bem a sua história pessoal e certamente o senhor não sabe nada da minha  também. Fiz um vestibular bastante disputado e com grande empenho;  tive a oportunidade de freqüentar a Universidade do Estado do Rio de Janeiro,  hoje esquartejada pela omissão e politiquices do poder público  estadual.  Fiz treinamento no Hospital Pedro Ernesto, hoje vivendo de  esmolas emergenciais em troca de leitos da dengue. Parece-me que o senhor  desconhece esta realidade.  O seu terceiro grau não foi tão suado  assim, em universidade sem muito prestígio, curso na época pouco  disputado, turma de  meninos Zona Sul... Aprendi medicina em hospital de pobre, trabalhei  muito sem remuneração em troca de aprendizado.  Ao final do curso,  nova seleção, agora, para residência. Mais trabalho com pouco dinheiro e  pacientes pobres, o povo...  Sempre fui doutrinada a fazer o máximo  com o mínimo. Muitas noites sem dormir, e lhe garanto que não foram em  salinhas refrigeradas costurando coligações e acordos para o povo que o  senhor nem conhece o cheiro ou choro em momento de dor.
No início da  década de noventa fui aprovada num concurso para ser médica da  Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro'. A melhor decisão da  minha vida, da qual hoje mais do que nunca não me arrependo, foi  abandonar este cargo.  Não se pode querer ser Dom Quixote, herói ou justiceiro.  Dói assistir a morte por falta de recursos. Dói, como mãe de quatro  filhos, ver outros filhos de outras mães não serem salvos por falta de  condições de trabalho. Fingir que trabalha, fingir que é médico, estar  cara-a-cara com o paciente como representante de um sistema de saúde  ridículo, ter a possibilidade de se contaminar e se acostumar com uma  pseudo-medicina é doloroso, aviltante e uma enorme frustração.  Aprendi em    muitas daquelas noites insones tudo o que sei fazer e gosto muito do  que eu faço.
Sou médica porque gosto. Sou pediatra por opção e com  convicção. Não me arrependo. Prometi a mimmesma fazer o melhor de mim.
 É um deboche numa cidade como o Rio de  Janeiro, num estado como o nosso, assistir políticos como o senhor  discursarem com a cara mais lavada que este é o momento de deixar de
 lenga-lenga para salvar vidas.  Que vidas, senhor governador ? 
Nas  UPAS?  tudo de fachada para engabelar o povão!!!!
 Por amor ao povo o senhor trabalharia pelo que o senhor paga ao médico?  
Os médicos não criaram os mosquitos.  Os hospitais não estão com problema  somente agora. Não faltam especialistas. O que falta é quem  queira se  sujeitar a triste realidade do médico da SES para tentar resolver  emergencialmente a omissão de anos.  
A mídia planta terrorismo no coração das mães que  desesperadas correm a qualquer sintoma inespecífico para as urgências...  Não há pediatra  neste momento que não esteja sobrecarregado.   Mesmo na medicina  privada há uma grande dificuldade em administrar uma demanda absurda  de atendimentos em clínicas, consultórios ou telefones.
Todos em  pânico.  E aí vem o senhor com a história do lenga-lenga. Acorde  governador! Hoje o senhor é poder executivo. Esqueça um pouco das  fotos com o presidente e com a mãe do PAC,
 esqueça a escolha do prefeito, esqueça a carinha de bom moço  consternado na televisão.   Faça a mudança.   Execute. "Lenga-lenga" é  não mudar os hospitais e os salários.  Quem sabe o senhor  poderia trabalhar como voluntário também. Chame a sua família. Venha  sentir o stress de uma mãe, não daquelas de pracinha com babá, que o  senhor bem conhece, mas daquelas que nem podem faltar ao trabalho para cuidar  de um filho doente. Venha  preparado porque as pessoas estão armadas,  com pouca tolerância, em pânico. Quem sabe entra no seu nariz o cheiro do  pobre, do povo e o senhor tenta virar o jogo. A responsabilidade é  sua, governador. Afinal, quem é, ou são, os vagabundos, Governador ?


                        Dra. Ma. Isabel Lepsch

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    'O que mais preocupa não é o grito dos violentos, dos corruptos, dos desonestos, dos sem-caráter, dos sem-ética. O que mais preocupa é  o silêncio dos bons".
 
Martin Luther King
 
Formatação: Fátima Oliveira
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