quarta-feira, 6 de julho de 2011

O TEMPO

O tempo.
O que é o tempo? Para nós seres comuns, ele está dividido em passado, presente e futuro. Sem tentar enveredar na Física Quântica, onde esses três entes, pelo Princípio da Incerteza de Heisenberg, podem existir simultaneamente, para nós, simples mortais, é possível afirmar que existem vários tempos dentro do Tempo. Sem dúvida o tempo de quem espera é diferente do tempo de quem encontrou o que esperava. O tempo do triste e do feliz são distintos, com certeza. Desde a antiguidade o homem vem se ocupando do tempo. Muitos querendo reter o escoar inevitável do tempo se fantasiam teatralmente de personagem fora do tempo e passam a viver o passado como se fosse possível reprisá-lo. O engessamento no passado, por qualquer motivo, seja feliz ou sofredor, mata o presente. E, apenas, esse ente tão fugidio chamado presente, é o único capaz de nos permitir ser protagonistas de nossa história. Enquanto eu penso e escrevo o presente já se tornou passado.

Várias Escolas Literárias, Filosóficas e Religiosas se ocuparam do tempo como elemento transformador.
Tentando dissecar o tema, a Professora Heloisa Valéria Mangia Torres se posicionou da seguinte forma:
“Como entender o tempo? O tempo tem dominado os pensamentos, envolvido os sentimentos humanos, ao longo da história e, às vezes, movidos por uma angústia externa, os homens se vêem perdidos, desamparados, temendo até a passagem do dia para a noite, como imagens do fim das esperanças e prenúncio da escuridão da morte.”

A sensibilidade de Gregório de Matos (1636 -1695), poeta baiano da Escola Barroca, alcunhado “Boca do Inferno” ou “Boca de Brasa”, nos premiou com o seu belo soneto:

A instabilidade das cousas do mundo     

Nasce o Sol; e não dura mais que um dia,
Depois da Luz se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tristezas a alegria.

Porém, se acaba o Sol, por que nascia?
Se é tão formosa a Luz, por que não dura?
Como a beleza assim se transfigura?
Como o gosto da pena assim se fia?

Mas no Sol, e na Luz, falte a firmeza,
Na formosura não se dê constância,
E na alegria sinta-se tristeza.
·                                
Começa o mundo, enfim, pela ignorância,
E tem qualquer dos bens, por natureza,
A firmeza somente na inconstância.

E o tempo agindo silencioso ou estridentemente, na visão barroca, não poupa nem a si mesmo. Quer pela ação do homem ou da Natureza vai erodindo, um dia após o outro, as feições do Planeta. Silva, MJS(1982), corroborando a visão barroca, criou As Sete Quedas, poesia histórica dos anos oitenta. A criação do grande lago de captação de água do Rio Paraná para a alimentação hídrica da Usina Hidrelétrica de Itaipu, matou, em catorze dias, um dos mais maravilhosos espetáculos naturais do Planeta. As Sete quedas estavam localizadas no Estado do Paraná, na fronteira com o Paraguai.
Em 13 de outubro de 1982, o fechamento das comportas do Canal de Desvio de Itaipu começou a sepultar, com as águas barrentas do lago artificial, um dos maiores espetáculos da face da Terra: as Sete Quedas do Rio Paraná ou "Saltos del Guaíra".Durante a inundação, os moradores de Guaíra iam até a beira do rio para se despedirem das Sete Quedas. Foi uma época muito triste, segundo pessoas que viveram esta tragédia de perto.A inundação das Sete Quedas durou apenas 14 dias, pois ocorreu em uma época de cheia do rio Paraná, e todas as usinas hidrelétricas acima de Itaipu abriram suas comportas, contribuindo com o rápido enchimento do lago.Portanto, em 27 de outubro de 1982 o lago estava formado e as quedas, submersas. Nos dias seguintes ao alagamento, apenas as copas das árvores ficavam acima do nível do rio, uma cena um tanto deprimente, pois pareciam "mãos pedindo socorro".

As Sete Quedas

Eram sete! Talvez órfãs, talvez irmãs, talvez amigas.
Talvez sete rendeiras escondidas.
Eram da Natureza sete caprichos.
Eram sete escadas descendentes ou sete grinaldas de noivas esvoaçantes
Onde moravam em festa todos os arco-íres.

Num só ato de loucura foram sete mortes num só disparo, como expulsar da própria casca um caracol.
E a morte veio de baixo para cima pela capacidade de chorar das condenadas.

Foram sete cabalas pelo místico abandonadas.
Onde ontem era musicalidade e vida
É hoje planificação e silêncio.
Nada!



 Heloisa focaliza outra faceta do tempo:

“!Em outros momentos, o tempo atua de forma inesperada e surpreendente e muda a visão do eterno, desmonta nossas crenças de futuro, e torna o amor uma página efêmera, engano, talvez...”
Vinícius de Morais, em sintonia com Heloisa, nos premia, maestralmente, com a seguinte pérola:

Soneto de Separação

De repente do riso fez-se o pranto 
Silencioso e branco como a bruma 
E das bocas unidas fez-se a espuma 
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
 
De repente da calma fez-se o vento 
Que dos olhos desfez a última chama 
E da paixão fez-se o pressentimento 
E do momento imóvel fez-se o drama. 
 

De repente, não mais que de repente 
Fez-se de triste o que se fez amante 
E de sozinho o que se fez contente. 

Fez-se do amigo próximo o distante 
Fez-se da vida uma aventura errante 
De repente, não mais que de repente.

Heloisa nos indica também outra visão do tempo:
“O tempo ainda nos cobra as responsabilidades da vida real. Inexorável, exige de nós a única coisa que temos: o nosso tempo de vida. E contamos o tempo, obedientes e servis.”
        
O poeta Laurindo Rabelo, com incrível sensibilidade, exemplificou bem essa visão.

O tempo

Deus pede estrita conta de meu tempo,
É forçoso do tempo já dar conta;
Mas, como dar sem tempo tanta conta,
Eu que gastei sem conta tanto tempo?

Para ter minha conta feita a tempo
Dado me foi bem tempo e não fiz conta.
Não quis sobrando tempo fazer conta,
Quero hoje fazer conta e falta tempo.

Oh! Vós que tendes tempo sem ter conta
Não gasteis esse tempo em passatempo:
Cuidai enquanto é tempo em fazer conta.

Mas, oh! se os que contam com seu tempo
Fizessem desse tempo alguma conta,
Não choravam como eu o não ter tempo.
Outras visões do tempo existem ainda e podem ser assinaladas:
Em Eclesiastes 3, 1 a 8, temos a lição de como viver a vida serenamente, uma vez que o tempo, esse real servidor de Deus, nos oferecerá todas as oportunidades necessária ao tempero de todas a vidas, sem exceção. Tudo pode acontecer ao ser humano: ao bonito e ao feio, ao pobre e ao rico, ao erudito e ao inculto, ao rude e ao polido, etc... A distinção entre os homens não está nos acontecimentos de suas vidas e sim como vivem o que lhes acontecem.
“Tudo tem a sua ocasião própria, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu. Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou; tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derribar, e tempo de edificar; tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear e tempo de dançar; tempo de espalhar pedras,  e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de abster-se de abraçar; tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de deitar fora; tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar; tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz.”

O nosso Mestre ainda nos dá valiosa lição em Mateus 6, 25 à 29, amorosamente nos orientando para que não fiquemos ansiosos quanto a nossa vida, sintetizando assim:

“Olhai para os lírios do campo, como crescem; não trabalham nem fiam; contudo vos digo que nem mesmo Salomão em toda sua glória se vestiu como um deles.”



Heloisa finalmente assim conclui:

 “ No entanto, a vida se faz ouvir, e grita e clama, impulsionando-nos a nos aliar ao tempo; a reagir e, apesar das dificuldades, a viver com alegria cada tempo da vida.”

TENTE OUTRA VEZ
                   ( Raul Seixas)

Veja!
Não diga que a canção está perdida.
Tenha fé em Deus, tenha fé na vida.
Tente outra vez!

Beba!
Pois a água viva ainda tá na fonte.
Você tem dois pés para cruzar a ponte.
Nada acabou, não, não, não.

Tente!
Levante sua mão sedenta e recomece a andar.
Não pense que a cabeça agüenta se você parar.
Há uma voz que canta, há uma voz que dança,
Há uma voz que gira,
Bailando no ar.

Queira!
Basta ser sincero e desejar profundo.
Você será capaz de sacudir o mundo.
Vai, tente outra vez.

Tente!
E não diga que a vitória está perdida.
Se é de batalhas que se vive a vida,
Tente outra vez!

E tu, meu aluno, que fazes do teu tempo?

O tempo é um ente mágico
que Deus nos emprestou.

16 comentários:

  1. Embora aparentemente não tenha uma relação semântica com o conteúdo postado, a leitura do texto me lembrou o significativo poema de Francisco Otaviano, "Ilusões da Vida":

    Quem passou pela vida em branca nuvem
    e em plácido repouso adormeceu.
    Quem não sentiu o frio da desgraça,
    Quem passou pela vida e não sofreu.
    Foi espectro de homem, não foi homem.
    Só passou pela vida, não viveu.

    Não percebo no referido poema um culto ao sofrimento, como alguns assim percebem. Vejo o destino de todo o Ser Humano traçado em poucas linhas pela veia poética do autor. Na verdade, é impossível cumprir a existência sem conhecer e provar os vários sabores que ela oferece. Embora cada um ao seu modo e consoante suas virtudes e defeitos, alegrias e tristezas, aflições e contentamentos, mesmo que fictícios sejam, havemos de um dia viver. E a Natureza é sábia. Com o Tempo ela há de sempre cozer as feridas do corpo e da alma. Pitigrilli, humanista italiano, afirmava ser capaz de discorrer sobre a metade da vida de qualquer pessoa. Acreditava ele que todo Ser Humano tem um sonho e uma frustração, traumas e queixumes, etc... Segundo alguns fundamentos espiritualistas, Deus criou inicialmente quatro divindades: O Tempo, O Espaço, O Fogo e Água.

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  2. Simone (2º Pel 2ª Cia)10 de julho de 2011 às 12:34

    Boa tarde querido Mauro,

    este texto me recorda este lindo poema de Mário Quintana:

    O TEMPO

    A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
    Quando se vê, já são seis horas!
    Quando de vê, já é sexta-feira!
    Quando se vê, já é natal...
    Quando se vê, já terminou o ano...
    Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
    Quando se vê passaram 50 anos!
    Agora é tarde demais para ser reprovado...
    Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
    Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
    Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
    E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
    Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
    A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.


    O tempo é muito precioso, pois o nosso tempo significa viver a nossa vida. Se deixo o tempo de lado e perco tempo, perco vida...
    Só que os grandes afazeres da vida cotidiana, a correria maluca que sempre nos persegue e muitas das vezes a falta de vontade nos faz desperdiçar o nosso precioso tempo.

    Na letra de Tony Beloto do Titãs, também se fala dessa perca:

    QUANTO TEMPO

    Quanto tempo
    Quanto tempo faz
    Quanto tempo ficou pra trás
    Esqueci de fazer a mala
    Fechar a casa
    Dizer agora eu vou embora
    Eu não, não apaguei a luz
    Não corri atrás
    Não saí quando chegou a hora
    Mas a hora chegou
    E ninguém me avisou
    O tempo passa tão depressa
    Logo acaba, mal começa
    Eu tenho pressa
    Não vou olhar pra trás
    Esqueci de olhar pra frente
    Sair de repente
    Andar até o fim da estrada
    Eu não, não tomei coragem
    Não segui viagem
    Não vi que o tempo passava
    Mas o tempo passou
    E ninguém me avisou.

    A nossa correria faz com que não aproveitemos o nosso tempo. Como Madre Tereza disse, há tempo pra tudo, pra viver e para morrer. A pressa de se viver também pode ser prejudicial à nossa vida. Em um trecho da composição de Paula Toller, vê-se bem claro essa pressa:

    Se a gente não dissesse tudo tão depressa,
    Se não fizesse tudo tão depressa,
    Se não tivesse exagerado a dose,
    Podia ter vivido um grande amor.
    Um dia um caminhão atropelou a paixão
    Sem teus carinhos e tua atenção
    O nosso amor se transformou em "Bom Dia"...
    Qual o segredo da felicidade?


    A cada dia que vivemos, aumentamos nossas experiências de vida. Alguns apenas tem experiências, porém outros conseguem absorvê-las. Não existe uma receita para alcançar a felicidade. O que existe é aprender com o tempo a maneira de ser feliz.
    Ainda em outra letra do Titãs, esse tempo vem sendo colocado por um eu que cansou de medir o tempo, viver correndo e nunca aproveitá-lo:

    CARAS COMO EU

    Não vou mais medir o tempo
    Não vou mais contar as horas
    Vou me entregar no momento
    Não vou mais tentar matar o tempo.

    Temos que aproveitar ao máximo nossa vida, desfrutando sabiamente de cada segundo que Deus nos deu. Esse segundo de vida está contido em nosso tempo de vida. Que possamos aprender a viver o tempo sem desperdício para que alcancemos sabiamente a nossa paz e felicidade espiritual.

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  3. Boa noite Simone! Espero que tenha vivido um ótimo fim de semana. Obrigado pela participação atenciosa. Os seus comentários são sempre muito valiosos. Eles contribuem e ampliam o espectro do texto.Por favor motive os demais alunos a visitar e comentar um ou mais textos do blog.Seletivamente, gostaria de ter algum comentário seu sobre o texto "Uma Rápida Observação".
    Fique com Deus.
    Até amanhã

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  4. Olá Coronel, gosto muito do seu trabalho e cada novo ensinamento do senhor eu procuro absorver pra minha vida pessoal. Fico muito triste com o comportamento de algumas pessoas que não valorizam e não absorvem o que o senhor tenta nos passar.Não se deixe esmorecer,pois muitos ,como eu,admiram a sua pessoa e o seu trabalho. Gostei muito do texto "O TEMPO",emocionante,nos faz parar para pensar e valorizar o presente.Obrigada por tudo. Um abraço Erica

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  5. Boa noite coronel, Mariana 2º pel, 2ª Cia

    Adorei o texto, e acredito que o melhor remédio para a o corpo e para a alma é realmente o tempo. Deixo aqui como contribuição a belissima canção da cantora Enya, only time.


    Only Time
    Who can say where the road goes,
    Where the day flows?
    Only time...

    And who can say if your love grows,
    As your heart chose?
    Only time...

    (chants)

    Who can say why your heart sighs,
    As your love flies?
    Only time...

    And who can say why your heart cries,
    When your love dies?
    Only time...

    (chants)

    Who can say when the roads meet,
    That love might be,
    In your heart.

    And who can say when the day sleeps,
    If the night keeps all your heart?
    Night keeps all your heart...

    (extended chants)

    Who can say if your love grows,
    As your heart chose?
    Only time...

    And who can say where the road goes,
    Where the day flows?
    Only time...

    Who knows?
    Only time...

    Who knows?
    Only time...

    Só o Tempo
    Quem pode dizer aonde vai a estrada ?
    Para onde vão os dias ?
    Só o tempo

    E quem pode dizer se o seu amor crescerá
    conforme seu coração escolher ?
    Só o tempo

    chants

    Quem pode dizer porque seu coração suspira
    conforme seu amor flutua ?
    Só o tempo

    E quem pode dizer porque seu coração chora
    quando seu amor morre?
    Só o tempo

    chants

    Quem pode dizer quando os caminhos se cruzam
    que o amor deve estar
    em seu coração ?

    E quem pode dizer quando o dia termina
    se a noite guarda todo o seu coração ?
    se a noite guarda todo o seu coração...

    chants

    Quem pode dizer se o seu amor crescerá
    conforme seu coração quiser ?
    Só o tempo

    E quem pode dizer aonde vai a estrada ?
    Para onde vão os dias ?
    Só o tempo

    Quem sabe?
    Só o tempo

    Quem sabe?
    Só o tempo

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  6. Saudações, Cel.

    O grande rei Salomão declarou que há tempo para todas as coisas. Declarou ainda que o que é, já foi; e o que há de ser, também já foi; e que Deus pede conta de tudo que passou. (Eclesiastes. Cap. 3).

    Para alguns tempo é dinheiro, entretanto, tempo é vida; a nossa vida que passa como o elemento de um relógio de areia que se esvai. E, ao fim desta, prestaremos conta de nossos atos - ações e omissões àquele a que nada está em oculto. (Hebreus 9.27)

    O tempo é relativo. Enquanto para um antropólogo a espécie humana, homo sapiens, possui cerca de 160 mil anos, para um teólogo toda a existência humana possui apenas 6 mil anos, de Adão, o primeiro homem criado, até nós.

    No contexto cristão, Deus, soberano, está no kairós – o que seria o tempo da eternidade, todas as coisas lhe são conhecidas plenamente. Enquanto o homem está no chronos – o tempo cronológico em que há passado, presente e futuro.

    Todavia, isso é apenas uma divisão para que possamos nos orientar. É sabido que o homem não pode voltar “ao passado” e tampouco viajar “ao futuro”, o único tempo em que o homem está é no presente.

    Salomão chega a conclusão de que tudo na vida é vaidade – tudo é vão em si mesmo. E que o mais importante é a essência da vida – como se vive e a importância que damos e recebemos das coisas/pessoas. (Eclesiastes. Cap. 1).

    Então viver uma vida reta, integra e feliz é mais importante do que simplesmente acumular riquezas. O ser precisa ser mais estimado que o ter. O doar-se um estilo de vida. Afinal, existimos para SERVIR E PROTEGER e Jesus Cristo é nosso maior exemplo disso.

    "Porque Deus enviou o seu Filho, JESUS, ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele." (João 3 : 17)

    HONRA, SEMPRE!

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  7. Boa tarde, Albuquerque! Obrigado por sua colaboração, agora e sempre. Seus comentários são sempre muito bem-vindos e pertinentes. Eles são o mapa de sua conduta de fé e de Homem que procura sintonizar com Deus. Muito obrigado. Gostaria de ter seu comentário sobre o texto "Feliz dia das Mães". Tenha um feliz complemento de Domingo. Até amanhã com a permissão divina.

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  8. Olá Mary!Linda letra você postou. Lendo-a me lembrei de Herman Hess no livro Sidharta Gautama (perdoe-me se ambos os nomes estiverem incorretos). Se bem me lembro no trecho que fala sobre a máxima do balseiro. Muitas vezes temos tanta pressa em chegar que esquecemos de apreciar o caminho, amadurecer com o percurso, nos adestrar com as dificuldades. A única maneira de reconhecermos o objetivo quando alcançado, é vivendo intensamente o caminho. Existe uma fábula que repete a mesma máxima. Determinado menino, das bandas do Oriente, ouvindo conversa dos mais velhos, tomou conhecimento que havia uma pedra que ao tocar em qualquer metal o transformava em ouro. Para os Alquimistas seria a Pedra Filosofal. Então com tenra idade ganhou o mundo, abandonando toda a família, sem destino. Como era próprio na época, vestia um roupão tubular de couro cingido na cintura por grosso cinto também de couro, encimado por grossa fivela de bronze (à época tecido era uma raridade). Por onde passava o referido menino a fivela de seu cinto nas pedras ou as pedras na fivela, consoante a situação. Tornou-se jovem, adulto, ancião. Certa vez dormitando sob uma palmeira em sítio deserto, cabeça tombada, queixo rente ao peito, chapéu encobrindo a claridade do dia, sonhou que havia encontrado a pedra filosofal. Despertou com o coração palpitando, arregalou os olhos ao ver que a fivela do seu velho cinto cintilava na cor de ouro. Como lhe permitia a idade, se levantou feliz. Havia, por fim encontrado a almejada pedra. Como vento repentino, uma reflexão lhe combaliu o ânimo: onde havia encontrado a Pedra Filosofal? Essa máxima nos serve para refletir. Alguns encontram o amor o deixa escapar por entre as mãos. Do mesmo modo, alguns dos meus alunos lutaram tanto para serem chamados para a Formação de Soldado e se comportam como se obrigado fossem a estar no Centro de Formação. Algumas pessoas não conseguem viver o momento presente.Espero que Você veja no Tempo sempre um aliado. Um forte abraço.

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  9. Mary, perdoe-me, escrevendo direto no blog, algumas coisas escaparam, mas acredito que o sentido esteja preservado, se lido com boa vontade.

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  10. Boa tarde, Eldoreste (Érica)! Obrigado pelo comentário. Sem dúvida que sendo todo o ser humano um Ser carente, seu comentário cauteriza a alma com doces fragrâncias de contentamento. No entanto na vida existe o salgado e o doce, como tempero da existência. O humanista Petrarca afirmou o seguinte: "...quem pensar que todas as frutas amadurecem ao mesmo tempo que as cerejas, nada entende de uva." A melhor postura diante de Deus é de simples semeador. Sem dúvida que a tristeza existe, bem como as encruzilhadas. Enquanto houver um olhar amigo, um sentimento bom lançado sobre sua pessoa, um homem não estará sozinho.
    Um forte e terno abraço, Érica.

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  11. Boa tarde cel.
    Al Oliveira 5º Pel 2ª CIA
    gostei muito do texto,
    admiro seu trabalho coronel, tudo o que o senhor fala lá eu tenho absorver eu sei que levarei para minha vida toda. desses três meses de curso aprendi muitas coisas, pelas palavras inteligentes que o senhor fala espero que o senhor não desanime como a nossa CIA, devido a alguns alunos indisciplinado.
    abraços bom fim de semana.

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  12. Boa noite, Oliveira (Thiago-Rayzen)! Obrigado pelo comentário realizado. Sem dúvida que comentários dessa natureza me estimulam. No entanto devo sempre saber receber e acolher o contraditório. Na realidade, o maior objetivo do blog é executar a missão de ser útil aos meus alunos que, no momento, são vocês. No campo do aprendizado todos somos professores e alunos, simultaneamente e a um só tempo. Agradeço muito a Deus a permissão de ter nos aproximado. Alguns dias de nossa convivência, de fato, são muito, amargosos, mas outros são deveras gratificantes. A vida é assim.
    Tenha uma bom fim de semana.
    Um forte abraço.

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  13. Carvalho 2ª CIA

    Coronel, graças à Deus eu consigo reter do passado os ótimos momentos vividos, são raras as recordações ruins, que por sinal serviram de alguma forma para o meu crescimento.

    Viajo no passado quando ouço os mais experientes contando aquelas histórias da época. Brinco dizendo que se tivesse a oportunidade de voltar ao passado, gostaria de visualizar a época deles, uma época menos violenta, menos capitalista e mais pura.

    Quanto ao presente, digo que devemos semear amor, alegria, o respeito, para que possamos colher bons frutos.

    Gostaria de relatar dois momentos marcantes em minha vida que envolvem o presente, o passado e o futuro:
    Sempre quando saia da faculdade às 23:00 pm após um dia árduo de trabalho, refletia na maioria das vezes dentro do ônibus, o dia em que sentiria saudades daquela fase. O mesmo está acontecendo nesse período de recrutamento, passei e continuo passando por momentos bons e ruins, sabendo que são temporários e serão eternizados em minha memória. Por isso acredito que devemos viver o presente com intensidade presando a qualidade de vida.


    Por fim gostaria de registrar a minha enorme admiração pelo senhor, embora só o conheça profissionalmente.

    Quanto aos alunos indisciplinados digo que; as diferenças comportamentais sempre vão existir, cabe a nós sabios administrar e aprender a conviver sem que tenhamos prejuízo emocional.

    Um enorme abraço.

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  14. Boa noite, Carvalho! É muito gratificante receber o seu comentário. Sinto-me gratificado em constatar o equilíbrio e a sintonia de suas palavras com o momento atual. Se o ancião atinge algum grau de sabedoria, não surpreende a ninguém. O jóvem sim. Em Voce e nos mais conscientes eu depósito uma grande esperança. Mas todo tempo é tempo de despertar. Acredito que única missão do Homem em toda a sua passagem sobre a terra, seja a de Semeador. Como o lavrador, precisamos preparar o solo. Esse é um trabalho árduo. Jogar a semente ao chão é o evento seguinte. Sem nenhuma certeza da eclosão, o semeador já tem que velar. Algumas vão germinar no tempo certo, outras não. Os frutos são sempre futuros e incertos. Nem sempre é o lavrador que plantou que colherá os frutos. Também o lavrador colhe de árvores que não plantou. Carvalho, acredito que o fator que impulsiona a Humanidade para a frente seja o Princípio da Incerteza.Como ainda sou um aprendiz, tenho muito que evoluir em todas as áreas da complexidade humana. Muitas vezes o emocional nos limita. Carvalho, seu nome é uma árvore forte e de boa altura. Na origem lendária do Ju-Do ela foi muito importante. O carvalho e o salgueiro são duas árvores que na metáfora se opõem. Se conhecer a lenda, por favor trace algum comentário em analogia a sua vida, quem sabe também em função dos relacionamentos indivíduos e pelotões da Cia.
    Um forte e solidário abraço.

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  15. Olá, Coronel!
    Quero comentar sobre o Tempo. Como é traiçoeiro... Esconde entre os belos versos do Poeta um pérfido encantamento, a amargura dos incautos. Quando ele, o Tempo, é visto adiante, vasto, grandioso, eterno, temos até a ilusão da imortalidade. Mas a experiência nos alerta que as décadas passam como se fossem poucos anos; o final de semana prolongado, que planejamos organizar-nos inadiavelmente, passa que nem se percebe. A vida passa e não se percebe... Quando nos percebemos, ele, o Tempo, nos encerra e diz: - "Chega, já é demais!"
    Não acreditemos na falácia de que o Tempo passa muito rápido; É ele quem nos faz passar muito rápido. Um abraço Coronel! Seus conselhos nos são muito úteis. Ramos, 2ªCia

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  16. Olá Ramos, boa noite! É muito gratificante receber o seu comentário. Você tem razão. Sobre o tempo todos podemos refletir e refletir. Penso que todos acabamos tendo alguma coerência em nossa reflexão. Eu muito vezes vejo o tempo, como se comporta a água. Como a água assume, sem perder a sua essência, a forma do recipiente que a contém, assim também é o tempo. A água,como o tempo, sabe exatamente para onde vai. Por esse e outros vários motivos, procuro celebrar o milagre da presença.Porque a ausência, como ente autônomo, em harmonia com o tempo, é futura e incerta. O tempo nos distancia e nos aproxima.Agradeço, por fim, a Deus, o tempo que nos aproximou.
    Tenha um ótimo fim de semana.Fique com Deus.

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